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Kamala Harris chama Trump de 'criminoso' e diz que aborto será tema central de sua campanha

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Antonio Dilson Neto

Atual vice-presidente dos EUA fez seu primeiro discurso como pré-candidata à nomeação do partido Democrata para as eleições presidenciais

Kamala Harris chama Trump de 'criminoso' e diz que aborto será tema central de sua campanha
REUTERS/Nathan Howard

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, fez duras críticas ao ex-presidente Donald Trump em seu primeiro discurso de campanha, cerca de 24 horas após Joe Biden confirmar que desistiu de disputar a reeleição.

Em seu discurso, feito na tarde desta segunda-feira (22), no estado de Delawere, Harris chamou Trump de “criminoso” e disse que o Republicano tem uma visão “retrógrada" sobre os EUA.

“Antes de ser vice-presidente, eu fui Procuradora-Geral da Califórnia. Eu já lidei com todos os tipos de criminosos. Homens que abusaram de mulheres. Homens corruptos que queriam tirar vantagem das pessoas. Eu sei o que Donald Trump está fazendo, eu conheço criminosos como ele”, discursou.

A pré-candidata continuou em tom de desafio: "Trump quer levar nosso país ao passado, tirando direitos e liberdades do povo. [..] Eu sei o que Trump está fazendo, ele e seu projeto 2025 extremista querem acabar com a classe média e nos colocar de volta no passado", criticou. 

Harris também mencionou que o aborto será um dos temas centrais de sua campanha.

“O governo não deveria dizer a uma mulher o que fazer com seu corpo. Lutaremos pela liberdade reprodutiva, sabendo que, se Trump tiver a oportunidade, ele assinará uma lei que proíbe o aborto em todos os estados”, afirmou. 

Recorde

Nesta segunda-feira, menos de 24 horas após o anúncio da desistência de Joe Biden, o Partido Democrata bateu recorde de doações em um único dia, chegando aos US$ 81 milhões, cerca de R$451 milhões.

Mas, apesar das doações milionárias e amplo endosso de democratas, Kamala ainda não é a candidata oficial do partido, que só será sacramentado na convenção da legenda, marcada para em agosto, em Chicago, no estado de Illinois. A vice-presidente é apontada como favorita, mas os delegados que representam filiados nos estados podem escolher outra pessoa.

Há ainda a possibilidade de a ex-senadora pela Califórnia ser desafiada por correligionários uma convenção aberta, caso não consiga os votos necessários para garantir a indicação do partido na primeira rodada de votações. 

 

 

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