A ONG Me Too Brasil e sua diretora, Marina Ganzarolli, apresentaram uma queixa-crime por difamação contra o ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, no Supremo Tribunal Federal (STF). A organização alega que Almeida acusou, sem provas, a ONG de tentar interferir no processo de licitação do Disque Direitos Humanos.
A ONG considera que as declarações do ex-ministro ultrapassam os limites da liberdade de expressão e pede que ele seja condenado por difamação com o triplo da pena. Almeida foi exonerado do governo federal após a divulgação de denúncias de assédio e importunação sexual feitas à ONG Me Too em setembro do ano passado.
O ex-ministro nega as acusações e alega que apenas fez referência a contatos informais feitos por representantes da ONG para tratar do contrato do disque 100, o que considera uma conduta inapropriada. A defesa de Almeida também afirma que a ONG não explicitou seus métodos, questionados por Almeida e por diversos meios de comunicação.
O processo está sob relatoria da ministra Cármen Lúcia e Almeida é investigado por suspeita de assédio e importunação sexual. Em fevereiro, o ministro do STF André Mendonça prorrogou o inquérito sobre o caso.