O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (25) o desbloqueio das redes sociais da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A parlamentar segue presa em Roma, na Itália, desde julho, enquanto tramita o processo de extradição solicitado pelo Brasil.
Na decisão, Moraes considerou que a restrição às plataformas digitais não se justificava mais, uma vez que a ação penal contra a parlamentar já foi encerrada. No entanto, o magistrado fixou multa diária de R$ 20 mil caso Zambelli volte a publicar conteúdos classificados como desinformação, discurso de ódio ou ataques à democracia.
A liberação alcança contas da deputada em plataformas como Meta, Telegram, X, TikTok, LinkedIn, Getter e YouTube.
Zambelli foi presa em julho, na capital italiana, após tentar escapar de um mandado de prisão expedido pelo próprio Moraes. Segundo as investigações, ela teria atuado como mentora intelectual da invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que resultou na emissão fraudulenta de um falso mandado de prisão contra o ministro. O hacker Walter Delgatti confirmou à Justiça ter realizado o ataque sob orientação da parlamentar.
O Supremo enviou ao Itamaraty, em junho, o pedido de extradição de Zambelli, posteriormente encaminhado ao governo italiano. Paralelamente, a deputada responde a um processo de cassação de mandato na Câmara dos Deputados. Na quarta-feira (24), ela prestou depoimento por videoconferência à Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), negando envolvimento no caso.