O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (15) que a Polícia Penal do Distrito Federal apresente, em até 24 horas, um relatório detalhado sobre a escolta que levou o ex-presidente Jair Bolsonaro ao Hospital DF Star, em Brasília, para realização de procedimento médico.
Na decisão, Moraes pede informações sobre o carro usado no transporte, os agentes que acompanharam o ex-presidente e o motivo de ele não ter sido levado imediatamente de volta para casa após a liberação médica, como havia sido determinado.
No domingo (14), Bolsonaro deixou a prisão domiciliar com autorização judicial para remover lesões de pele. Após o atendimento, porém, permaneceu no hospital enquanto seu médico concedia entrevista coletiva. No local, o ex-presidente foi recepcionado por apoiadores que aguardavam sua saída.
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde 4 de agosto, por decisão de Moraes, e é monitorado por tornozeleira eletrônica. O ministro também restringiu o número de visitas autorizadas ao ex-presidente, após constatar que ele usava redes sociais de terceiros, incluindo as de seus filhos, para burlar proibições impostas pela Justiça.
Na semana passada, por 4 votos a 1, a Primeira Turma do STF condenou Bolsonaro e outros sete réus por crimes relacionados à trama golpista de 2022, incluindo organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado ao patrimônio público.