O deputado Paulo Câmara (PSDB) apresentou na Assembleia Legislativa um projeto de lei para declarar o pãozinho delícia como bem cultural e imaterial do Estado da Bahia. Segundo o parlamentar, a iguaria é “genuinamente baiana” e foi criada por Elíbia Portela, em Salvador.
Na justificativa, o deputado recupera a origem do salgado segundo relato da própria criadora. O pãozinho teria surgido por acaso, ainda na infância de Elíbia. A mãe dela, banqueteira, preparava uma fermentação para outro tipo de pão, mas a farinha especial necessária demorou a chegar. Para não perder o fermento, a jovem improvisou usando a farinha comum que tinha em casa, criando uma massa mais mole do que a usual.
A receita ganhou corpo ao incorporar queijo e requeijão, tornando-se um clássico presente em festas e comemorações por toda a Bahia. “Hoje, o pãozinho delícia é um patrimônio da culinária baiana, conhecido por sua massa macia, com recheios que vão do queijo coalho cremoso ao presunto e outras variações”, escreveu o deputado.
