O deputado federal André Janones (Avante-MG) foi indiciado pela Polícia Federal (PF), por suposta participação em um esquema de rachadinha em seu gabinete parlamentar. Quando surgiram as denúncias, Janones negou as irregularidades.
A prática, que consiste na devolução de parte dos salários de assessores a políticos, passa por investigação após ex-funcionários alegarem terem sido pressionados a entregar parte de seus vencimentos.
Entre os indiciamentos estão os crimes de associação criminosa, peculato e corrupção passiva.
Segundo a policia, o patrimônio de Janones teria crescido de forma desproporcional no período investigado, o que justifica a abertura de uma apuração.
"Os dados fiscais também não deixam dúvidas no que concerne ao exaurimento do crime de corrupção passiva. Por meio deles, a equipe investigativa se deparou com uma variação patrimonial 'a descoberto' do parlamentar, nos anos de 2019 e 2020, respectivamente de R$ 64.414,12 e R$ 86.118,06", afirmou o relatório policial.
A denúncia parte de uma gravação de voz feita em 2029, onde o parlamentar afirma que assessores teriam que devolver parte do salário, para ajudá-lo a abater o prejuízo que alegava ter tido nas eleições em 2016, para a prefeitura de Ituiutaba, em Minas Gerais.
“Tem algumas pessoas aqui que eu ainda vou conversar em particular depois, que vão receber um pouco de salário a mais e elas vão me ajudar a pagar as contas quando a minha campanha de prefeito deu um prejuízo de R$ 675 mil, na campanha. Elas vão ganhar a mais pra isso”, diz o parlamentar na gravaçã