O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entrou com um processo contra o jornal The New York Times, exigindo uma indenização de US$ 15 bilhões (cerca de R$ 79 bilhões) por difamação e calúnia. A ação, anunciada nesta terça-feira (16) em suas redes sociais, também mira quatro repórteres do veículo e a editora Penguin Random House.
Segundo a agência Reuters, que teve acesso à ação, Trump cita como ofensivos artigos e editoriais publicados pelo jornal, incluindo um texto anterior às eleições de 2024 que afirmava que ele não era apto para ocupar a Presidência. O processo também menciona o livro “Perdedor Sortudo: Como Donald Trump Desperdiçou a Fortuna do Pai e Criou a Ilusão de Sucesso”, publicado pela Penguin em 2024.
Em sua publicação, Trump acusou o Times de atuar como “porta-voz do Partido Democrata” e disse que o veículo há décadas adota uma estratégia de mentiras contra ele, sua família e o movimento MAGA (Make America Great Again). Ele ainda criticou o jornal por ter declarado apoio à vice-presidente Kamala Harris, sua adversária nas eleições de 2024.
No processo, os advogados do republicano alegam que as reportagens e publicações causaram danos econômicos expressivos à sua marca e à sua reputação pessoal. O New York Times ainda não se pronunciou oficialmente.
O embate ocorre após uma série de reportagens do jornal sobre a relação de Trump com o bilionário Jeffrey Epstein, acusado de tráfico sexual de menores e encontrado morto em prisão federal em 2019. O nome de Trump aparece em registros de voos ligados a Epstein nos anos 1990, mas o presidente não é investigado no caso.
Essa não é a primeira ofensiva judicial do republicano contra a imprensa. Em julho, Trump já havia processado o Wall Street Journal em US$ 10 bilhões, após a divulgação de supostas cartas trocadas entre ele e Epstein.