O procedimento cirúrgico que acabou na morte do cantor sertanejo João Carreiro, de 41 anos, apresenta uma letalidade abaixo dos 4%, de acordo com um professor da Universidade Federal da Bahia e cirurgião cardíaco ouvido pela reportagem do Portal do Casé.
O artista chegou a fazer o procedimento para a troca da válvula mitral do coração, que controla o fluxo de sangue dos átrios para os ventrículos do lado esquerdo.
De acordo com o cirurgião cardíaco, que prefere não se identificar, a estatística abaixo dos 4% serve para pessoas sem doenças prévias. "Alguém que não tem nenhuma comorbidade, não tem hipertensão arterial pulmonar, nada disso. Alguém que não tem insuficiência cardíaca, ainda. O risco dessa cirurgia gira em torno de 2 a 4%", frisou, em entrevista ao Portal do Casé.
João Carreiro, inclusive, estava tranquilo e avisou aos fãs que ficaria afastado dos palcos por um tempo. Antes de passar pelo procedimento, chegou a brincar com a roupa que estava utilizando no hospital. "Se eu 'empacotar', não quero saber dessa roupinha aqui. Não combina muito comigo isso aqui. É de florzinha", sustentou.
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O professor da UFBA também explicou como funciona o procedimento de instalação da válvula. "Na cirurgia da válvula mitral, é necessário fazer a abertura do tórax. Precisamos parar o coração e é preciso um equipamento que faça a função do coração e do pulmão", detalhou. Esse mecanismo é chamado de perfusão.
O fator idade pode interferir no funcionamento da válvula, sendo necessária a operação. “O envelhecimento, já que a população vem vivendo cada vez mais, elas [válvulas] vão abrindo e fechando ao longo da vida e vão sofrendo uma degeneração”, concluiu.
O corpo de João Carreiro foi velado em Mato Grosso do Sul e levado para Cuiabá, onde será enterrado. Nas redes sociais, familiares e amigos lamentaram a perda.
*Sob supervisão do coordenador, Jean Mendes