Um manifesto enviado à Secretaria Municipal de Saúde de Salvador (SMS) por seis mulheres denuncia abusos praticados pelo médico peruano Luís Gonzalo, que trabalhava no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).
As vítimas, quatro médicas e duas enfermeiras, relatam ter sofrido agressões físicas, psicológicas, patrimoniais e virtuais durante relacionamentos que duraram de um a dois anos, nos últimos dez anos.
As mulheres afirmam que o médico sabia se portar em público, mas "se transformava" quando ficava a sós com elas. Uma das vítimas, cuja identidade foi preservada, contou que foi trancada no apartamento do médico, teve suas roupas rasgadas, cabelo puxado e foi agredida no rosto.
Ao menos três mulheres possuem medida protetiva contra o homem. No documento, elas pedem que medidas sejam tomadas contra o suspeito para que as agentes de saúde possam trabalhar sem riscos.
A SMS declarou que não foi formalmente comunicada sobre qualquer decisão relacionada às medidas protetivas, mas optou pelo afastamento do médico. O peruano atuou no Samu entre 2018 e dezembro do ano passado.
A defesa de Luís Gonzalo afirmou que tem conhecimento de apenas uma denúncia, feita por uma ex-companheira do cliente, e reiterou que as reclamações são mentirosas. A Polícia Civil ainda não confirmou se há registro das ocorrências contra o suspeito.
