Irmã da influenciadora Manuela Cit, Sophia Cit disse que ficou nervosa durante uma corrida de rua em Salvador, por lembrar que não poderia fazer, em fotografias, sinais associados às facções criminosas. A declaração foi dada na segunda-feira (13), por meio de vídeo publicado no TikTok. As irmãs estavam na capital baiana para participarem da Guud Run, que aconteceu no último domingo, na Orla da Barra.
"Aqui em Salvador, tem um negócio das facções, que elas têm símbolos. Você não pode fazer esses símbolos ao tirar fotos porque, enfim, um turista morreu. É bem perigoso. Na corrida da minha irmã tinham fotógrafos, e por todos que eu passava, fazia algo com a mão. No primeiro, eu fiz o hangloose. Logo em seguida, eu lembrei que não podia. Antes, eu tinha feito o 'doiszinho'. Na terceira, estou com as mãos no rosto", relembrou.
"Para melhorar, fiz o dois em outras fotos porque eu esquecia. Fiquei nervosa na corrida por conta disso. Vi outras pessoas fazendo também. Foi um sufoco, ontem", completou a mulher. Somente no TikTok, ela tem quase 200 mil seguidores. O número dois, citado pela blogueira, é utilizado pelo Comando Vermelho, que chefia o tráfico de drogas em vários pontos da capital baiana.
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Apesar de Sophia afirmar que um turista morreu na Bahia por fazer alusão à facção criminosa, não há registro deste tipo de situação no estado. Em Jericoacoara, no Ceará, é que Henrique Marques de Jesus, paulista, teria sido morto por fazer uma fotografia com símbolo de organização criminosa.
Na Bahia, porém, há situações de moradores assassinados por essa questão. A última aconteceu em Feira de Santana, e vitimou Marcos Vinícius Alves Gonçalves, de 20 anos. Ele foi morto a tiros. A Polícia Civil não descarta a hipótese de uma foto antiga ter motivado a ação.
No último dia 7, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), disse que não pensa em, por exemplo, autorizar uma campanha educativa para baianos e turistas não fazerem os sinais. "Temos que ver em que medida essa divulgação não fortalece essas corporações criminosas. Não daremos visibilidade, nem qualquer tipo de oportunidade para que eles [criminosos] possam fazer marketing em cima da ação policial", comentou.
