Em 2023, com 6.578 casos, a Bahia foi o estado mais violento do país em relação a assassinatos. É o que aponta o 18º Anuário Brasileiro da Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (18). O estudo leva em consideração as Mortes Violentas Intencionais (MVI).
Entram nessa estatística, em números absolutos, homicídios dolosos, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais. De acordo com o levantamento, atrás do estado baiano estão o Rio de Janeiro (4.270); Pernambuco (3.638); São Paulo (3.481); e Pará (3.112).
Na taxa por 100 mil habitantes, a Bahia (46,5%) fica atrás do Amapá (69,9%).
Apesar dos mais de 6 mil casos, houve uma redução de 1,3% em relação a 2022. No ano passado, foram 6.663 mortes violentas no estado, seguindo uma tendência nacional, segundo o coordenador de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, David Marques.
“É um feito importante para um país do tamanho do Brasil ter uma redução de 3,4% que, na verdade, se soma a uma tendência de redução que a gente vem acompanhando desde 2018”, diz.
“A gente teve 46.328 mortes violentas intencionais em 2023. Ainda é um número bastante alto. O Brasil tem aproximadamente 3% da população mundial, mas concentra 10% dos homicídios registrados no mundo. As nossas taxas de homicídio ainda mostram que o Brasil é um país extremamente violento”, ressalta.
Por meio de nota, a Secretaria da Segurança Pública da Bahia disse “que são constantes os investimentos em tecnologia, inteligência, equipamentos, capacitação e reforço dos efetivos, com o objetivo de combater as organizações criminosas que violentam as comunidades”. Para justificar os números de 2023, a pasta usou trouxe estatísticas de 2024. Segundo a SSP, o estado “apresenta uma expressiva redução de 13% nas mortes violentas no primeiro semestre de 2024”.
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A Secretaria da Segurança Pública da Bahia destaca que são constantes os investimentos em tecnologia, inteligência, equipamentos, capacitação e reforço dos efetivos, com o objetivo de combater as organizações criminosas que violentam as comunidades. As forças de segurança atuam com rigor, dentro da legalidade e com firmeza contra grupos criminosos envolvidos com tráficos de drogas e armas, homicídios, roubos e corrupção de menores.
O estado apresenta uma expressiva redução de 13% nas mortes violentas no primeiro semestre de 2024. Os meses de maio e junho deste ano foram os que tiveram menos mortes violentas desde a série histórica, iniciada em 2012.
Já nos últimos 18 meses, as ações de inteligência e repressão qualificada resultaram nas prisões de 27 mil criminosos, na localização de 88 líderes de facções, e nas apreensões de 9 mil armas de fogo, entre elas 95 fuzis.