Seis internos do Conjunto Penal de Jequié (CPJe) foram transferidos de unidade, após ação emergencial deflagrada na segunda-feira (6). A cidade, no Sudoeste da Bahia, precisou de intervenção das forças de segurança após oito homicídios serem registrados entre sexta-feira e domingo. Três tentativas de homicídio também ocorreram, no período.
Os seis custodiados do CPJe, monitorados pela Coordenação de Monitoração e Avaliação do Sistema Prisional (CMASP) - cujo órgão é a Agência de Inteligência da Polícia Penal - são suspeitos de exercer influência sobre organizações criminosas, as quais são responsáveis por homicídios e o tráfico de drogas no município.
Durante a Operação Força Máxima Verão, da Secretaria da Administração Penitenciária, também foram apreendidos cadernos com anotações suspeitas, três armas brancas e duas soqueiras artesanais, cordas tipo “Tereza” e cabo USB.
Não houve intercorrência durante a operação e as ações transcorreram sem gerar interrupção das assistências básicas aos custodiados. As buscas foram realizadas em três pavilhões, resultando em 42 celas revistadas, com mais de 210 internos verificados. A unidade prisional de Jequié abriga aproximadamente 530 custodiados.
Também na segunda, ações ostensivas e de inteligência realizadas pelas Polícias Militar e Civil foram reforçadas, por tempo indeterminado, no município de Jequié. Equipes trabalham na ampliação do combate às facções envolvidas com tráficos de drogas e armas, homicídios, roubos e corrupção de menores.
PMs do interior da Bahia, que fazem parte das Companhias Independentes de Policiamento Especializado (Cipes) - popularmente conhecidas como "Caatingas" e de outras unidades especializadas e ordinárias reforçam o efetivo durante a "Operação Hórus". A ação abrange as áreas mais afetadas pela criminalidade.