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Ex-PM delatou conselheiro Domingos Brazão pelo assassinato de Marielle, diz publicação

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Da redação

De acordo com a reportagem, o acordo da delação precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça e a motivação do assassinato seria uma vingança contra Marcelo Freixo

Ex-PM delatou conselheiro Domingos Brazão pelo assassinato de Marielle, diz publicação
TV Globo

Conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão mandou matar Marielle Franco. Pelo menos é o que teria dito, em sua delação premiada, o ex-policial militar Ronnie Lessa. A informação foi publicada nesta terça-feira (23) pelo The Intercept Brasil.

De acordo com a reportagem, o acordo da delação precisa ser homologado pelo Superior Tribunal de Justiça e a motivação do assassinato seria uma vingança contra Marcelo Freixo, então filiado ao Psol e muito próximo à Marielle Franco. A vítima, que era vereadora do Rio de Janeiro, foi morta a tiros no dia 14 de março de 2018. O motorista dela, Anderson Gomes, também não resistiu.

O The Intercept informou que Marcelo Freixo entrou em vários embates com Domingos Brazão, que foi deputado estadual pelo Rio de Janeiro. Em uma dessas oportunidades, Freixo teve participação decisiva para Operação "Cadeia Velha", em 2017, que apurou supostas propinas pagas a parlamentares em benefícios de construtoras e empresas de transportes. Na época, grandes figuras do MDB no Rio foram presas, incluindo Paulo Melo, Edson Albertassi e Jorge Picciani. Esse último foi morto em 2021.

Domingos Brazão foi citado, em 2018, em um relatório de Marcelo Freixo que levantou as milícias do estado. Havia a suspeita que o então deputado tivesse ligação com grupos criminosos da Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Além de Ronnie Lessa, está preso pelo assassinato da vereadora o ex-PM Elcio de Queiroz. Esse segundo, segundo as investigações, foi apontado como motorista do automóvel que perseguiu o carro em que Marielle e Anderson estavam. 

As apurações também indicaram que Lessa, a esposa dele, o cunhado e dois amigos descartaram armas no mar, incluindo a que teria sido usada no duplo homicídio.

O advogado de Brazão, Márcio Palma, disse ao The Intercept que não ficou sabendo da delação e que não teve acesso aos autos. 

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