A Força Aérea Brasileira (FAB) pode ter um papel importante nas investigações sobre a queda de um avião comercial de origem azeri no Cazaquistão, ocorrida na última quarta-feira (25). A instituição confirmou que está em contato com as autoridades de Astana para avaliar a possibilidade de apoio técnico.
Tanto o Brasil quanto o Cazaquistão são signatários da Convenção de Aviação Civil Internacional, que rege normas globais por meio da Organização Internacional da Aviação Civil (Icao). Segundo os protocolos dessa convenção, países envolvidos na fabricação, projeto, operação ou registro de aeronaves podem solicitar a participação nas investigações realizadas no local do incidente.
O avião em questão, um modelo E-190 fabricado pela brasileira Embraer, coloca o Brasil em posição de contribuir com o processo investigativo. A responsabilidade inicial, no entanto, é do Cazaquistão, conforme destaca a FAB em nota oficial.
"De acordo com os protocolos estabelecidos no Anexo 13 à Convenção sobre Aviação Civil Internacional de 1944, cabe ao país em cujo território ocorreu o acidente instituir e conduzir a investigação," explica a FAB.
A FAB também afirmou que o Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão brasileiro responsável por apurar ocorrências desse tipo, está em comunicação com a agência cazaque para oferecer suporte técnico, caso seja solicitado. "As evidências e o próprio avião devem permanecer intactos até que as autoridades locais concluam a inspeção inicial ou decidam pela colaboração internacional."
O caso ganha ainda mais relevância pelo envolvimento de uma aeronave da Embraer, gigante brasileira no setor aeronáutico. O modelo E-190 é amplamente utilizado em rotas comerciais de médio alcance, consolidando a marca no mercado internacional.