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Governo federal quer ação conjunta de Forças Armadas e PF para conter armas pesadas, diz Rui Costa

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Da redação

Até setembro de 2023, as forças de segurança já apreenderam 48 fuzis na Bahia, mais do que o dobro dos 22 registrados durante todo o ano de 2022

Governo federal quer ação conjunta de Forças Armadas e PF para conter armas pesadas, diz Rui Costa
Tomaz Silva/Agência Brasil

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), em entrevista ao blog da Andréia Sadi, no portal G1, revelou os planos do governo Lula (PT) para implementar uma política conjunta envolvendo as Forças Armadas e a Polícia Federal no combate à crescente presença de fuzis e outras armas pesadas no território brasileiro.

A declaração do ministro surge em um momento de aumento da violência no estado da Bahia, onde Rui Costa exerceu o cargo de governador de 2015 a 2022, culminando em um acordo entre o governo federal e o estadual em agosto para enfrentar o crime organizado.

Até setembro de 2023, as forças de segurança já apreenderam 48 fuzis na Bahia, mais do que o dobro dos 22 registrados durante todo o ano de 2022, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado.

No mesmo período, ao menos 46 pessoas perderam a vida em confrontos com as forças de segurança, incluindo o policial federal Lucas Caribé, com a maioria dos incidentes ocorrendo em bairros periféricos da Bahia.

O ministro Rui Costa afirmou: "Eu conversei com [Flávio] Dino [ministro da Justiça e Segurança Pública] e queremos uma política conjunta da PF e das Forças Armadas para conter fuzis no Brasil e armas pesadas também. É preciso padronizar os números de crimes para comparação, é isso que defendo, mas claro que os números são uma tragédia em todo o Brasil. E piorou muito no governo Bolsonaro, quando houve a flexibilização do acesso a armas pesadas, como fuzis."

Durante o governo Bolsonaro, que abrangeu o período de 2019 a 2022, o número de brasileiros com autorização para possuir armas aumentou sete vezes, passando de 117.467 em 2018 para 813.188 em 2022. Um relatório do programa Fantástico revelou que o acesso facilitado a armas de fogo para caçadores, atiradores e colecionadores (CACs) acabou por armar traficantes e conceder porte ilegal a membros de clubes de tiro.

O governo Lula implementou medidas para reverter esse cenário, incluindo o recadastramento de armas para os CACs no início do ano e a revogação de decretos de Bolsonaro que facilitavam o acesso da população a armas e munições. Com as novas regras, armas longas, como os fuzis, voltaram a ser de uso restrito exclusivo das forças de segurança.

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