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Investigação aponta: BDM queria matar empresário em shopping de Salvador e criminoso foi abandonado por comparsas

Data:
Da redação

Renilson da Cruz Silva, 29 anos, está preso.

Investigação aponta: BDM queria matar empresário em shopping de Salvador e criminoso foi abandonado por comparsas
Arquivo pessoal

Renilson da Cruz Silva, 29 anos. Esse é o nome do homem que participou do atentado que deixou um homem morto no Shopping da Gente, na Avenida Antônio Carlos Magalhães, em Salvador, na noite do último dia 5. Novos documentos das investigações obtidos pelo Portal do Casé apontam que o bandido faz parte da facção Bonde do Maluco (BDM) e foi deixado na cena do crime pelos comparsas, ferido. A Polícia Civil também reforça, nas apurações, que o alvo da ação era um empresário, dono de uma loja de Iphones, primo da vítima fatal.

A Delegacia de Homicídios da área Atlântico de Salvador apontou, nestes documentos, que Renilson e dois comparsas chegaram ao estacionamento do Shopping da Gente a bordo de um Ford Ka. Um deles utilizava uma farda da Polícia Civil e estava armado com uma submetralhadora. O primo do empresário, Philipe dos Santos Oliveira, reagiu. Ele foi ferido no peito e chegou a ser socorrido para o Hospital do Subúrbio, mas não resistiu. Renilson também foi baleado, três vezes, e foi socorrido por uma guarnição da Polícia Militar.

O empresário também foi ouvido no decorrer das investigações. Ele confirmou que já havia sofrido uma tentativa de homicídio perto de sua casa, mas escapou. A informação, inclusive, já havia sido adiantada pelo Portal do Casé, em reportagem exclusiva publicada um dia depois do atentado no Shopping da Gente. O motivo de o BDM querer matar o empresário está sendo levantado pela Polícia Civil.

Atentado aconteceu no Shopping da Gente. Foto: Portal do Casé

O Tribunal de Justiça da Bahia converteu a prisão em flagrante em preventiva. A juíza Mariana Mendes Pereira entendeu que "a gravidade concreta do crime justifica a decretação ou a manutenção da prisão cautelar para resguardar a ordem pública. Nessa perspectiva, entendo que a gravidade em concreto, crime de homicídio, bem como, considerando os antecedentes acostados ao id. 413431777, para evitar a reiteração, dos atos delitivos de igual natureza e gravidade são indicativas do periculum libertatis exigido para a constrição processual [...]".

O homem que praticou o atentado com outros comparsas tinha mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas e foi baleado no ombro direito, abdome direito e coluna. Ele tem várias passagens pela Polícia Civil, inclusive na época que tinha menos de 18 anos. Na ficha do rapaz, há flagrantes por roubos e tráfico. Renilson já havia sido preso, em 2014, por um crime praticado na mesma região do Shopping da Gente.

CRIME

Testemunhas, que preferem não se identificar, dizem que o empresário e o primo estavam saindo do shopping quando foram surpreendidos por homens que chegaram a bordo de um veículo. Philipe, que andava armado, reagiu à ação. Ele era servidor da Secretaria da Administração Penitenciária e não tinha porte de arma.

Na manhã seguinte, comerciantes do Shopping da Gente ajustavam as fachadas das lojas, atingidas por tiros. Uma delas na entrada do estabelecimento tinha mais de seis desparos que atravessaram a parede e a vidraça.

Dois veículos que estavam no estacionamento do empreendimento, também foram alvos de disparos. Um deles teve os três pneus e dois vidros do carona atingidos. A dona de um dos carros, uma lojista, estava totalmente abalada. "Prejuízo grande. Tem só dois anos de comprado o carro. Perdi todos os meus sorvetes com esse tiroteio. Só fiz deitar no chão, em desespero", relatou ela, que não quis ser identificada.

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