O Tribunal de Justiça da Bahia converteu a prisão em flagrante em preventiva de Laize de Almeida Silva. Ela foi presa na madrugada de sábado (24) por matar, com uma facada, uma garota trans de 15 anos, que se identificava como Haila Vitória, no município de Santaluz. A mulher passou por audiência de custódia nesta segunda-feira (26) e deve ser transferida para um presídio.
A Polícia Civil identificou a vítima oficialmente como Bruno Santana de Souza. De acordo com testemunhas, Laize estava em um bar, acompanhada, quando começou uma discussão com a adolescente. Cerca de 30 pessoas estavam no local, segundo decisão da juíza Adiane Jaqueline Neves da Silva Oliveira.
Haila foi esfaqueada e morreu na hora. A Polícia Militar foi acionada e prendeu a suspeita. Na Delegacia Territorial de Serrinha, Laize alegou legítima defesa, mas a juíza não entendeu assim, se baseando em vídeos de câmeras de segurança.
"Nota-se do vídeo que Laize foi na direção de Bruno, que a empurrou, por mais de uma vez, gesticulando de braços abertos, como se estivesse reclamando com ela. Por sua vez, a suspeita, que, registre-se, é bem ais alta que a vítima, demonstrou descaso para com a situação, prendendo os cabelos enquanto a vítima questionava algo", escreveu a magistrada.
Ainda no entendimento dela, "não ficou claro que a suspeita praticou o crime em legítima defesa". A juíza também levou em consideração que a suspeita responde a um crime de lesão corporal contra uma ex-companheira. "Ocorre que, naqueles autos, o oficial de justiça não conseguiu localizá-la para citação, sendo decretada a suspensão do processo e da prescrição, nos termos do art. 366, CPP, após ter sido citada por edital".
O corpo de Haila foi encaminhado para o Instituto Médico Legal de Serrinha e não há informações sobre data e local do enterro.