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Motorista que matou jovem por batida de porta na Bahia vai a júri popular

Data:
Jean Mendes

A vítima foi Wesley Nogueira dos Santos, e o crime aconteceu no feriado de 2 de Julho de 2022, no bairro de Itinga

Motorista que matou jovem por batida de porta na Bahia vai a júri popular
Wesley foi esfaqueado - redes sociais

O homem que matou um jovem de 18 anos por conta da batida de uma porta em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, vai a júri popular. A informação foi confirmada pelo Portal do Casé nesta sexta-feira (13). José Carlos dos Santos está em liberdade e ainda não há data definida para que o julgamento aconteça. Ainda cabe recurso da decisão.

A vítima foi Wesley Nogueira dos Santos, e o crime aconteceu no feriado de 2 de Julho de 2022, no bairro de Itinga. A juíza Jeine Vieira Guimarães entendeu que José deve ser julgado pelo crime de homicídio, com dois qualificadores: surpresa - pois a vítima não teve chance de se defender -; e motivo fútil.

O CRIME  

Testemunhas disseram que a vítima foi executada a facadas por José, que era motorista de transporte alternativo, conhecido como "ligeirinho". De acordo com elas, Wesley solicitou uma viagem até o Largo do Caranguejo, que custaria R$ 3. No percurso, porém, resolveu seguir com outras duas passageiras até o bairro de São Cristóvão, em Salvador.

As testemunhas ainda relataram que o jovem não se negou a pagar mais R$ 1,50 pelo novo destino, mas foi obrigado por José a descer do veículo. Por conta da discussão, Wesley Nogueira desceu do automóvel e bateu a porta traseira com força. Irritado, o acusado brigou com o passageiro. "Não bata erra p*rra, que é minha", gritou. Em seguida, esfaqueou o rapaz.

Wesley não resistiu aos ferimentos e o caso foi apurado pela 27ª Delegacia Territorial (DT/Itinga). José se apresentou na unidade três dias depois, 5 de julho de 2022, e se livrou do flagrante. No dia 11 de agosto, foi decretada sua prisão preventiva. O motorista de "ligeirinho" foi solto, por força de habeas corpus, em outubro de 2022.

A defesa de José chegou a pedir que ele fosse absolvido, por agir em legítima defesa, mas o Tribunal de Justiça negou. No seu próprio depoimento, o acusado confessou o crime. O motorista relatou que, já no ponto de ônibus, Wesley começou a discussão, chegando a cometer uma ameaça. José ainda sustentou que achava estar sendo vítima de assalto e, por isso, atacou o jovem.

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