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“Operação Choque de Ordem”: PMs irão a júri popular após Justiça acatar recurso do MPBA

Data:
Da redação

Os PMs foram presos pela primeira vez em dezembro de 2024, durante a Operação Choque de Ordem, que apurou o envolvimento dos agentes no homicídio. Eles voltaram a ser detidos em março de 2025, quando a Justiça acatou novo pedido de prisão do MPBA, após decisão anterior de soltura.

“Operação Choque de Ordem”: PMs irão a júri popular após Justiça acatar recurso do MPBA
Reprodução/PM - BA

A Justiça determinou que três policiais militares envolvidos na morte de Kailan Oliveira de Jesus, em Jequié, no sudoeste baiano, sejam submetidos a júri popular. A decisão foi tomada pela Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que acatou recurso do Ministério Público da Bahia (MPBA), por meio do Grupo de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp).

Além de determinar o júri, os desembargadores ordenaram a prisão cautelar dos PMs Milton Ferraz de Andrade Júnior, Edgar Almeida Gomes e Valdomiro Teixeira Dias. A decisão reformou a sentença da Vara Criminal de Jequié, que havia absolvido sumariamente os acusados.

No recurso, o MPBA sustentou que a morte de Kailan foi resultado de execução sumária, praticada por agentes do Estado que abusaram da autoridade e forjaram provas. Segundo o órgão, os policiais manipularam a cena do crime e apresentaram versão inverídica dos fatos às autoridades.

“A materialidade do crime é incontestável e os indícios de autoria são robustos”, afirmaram os promotores do Geosp.

As investigações apontam que, em 10 de maio de 2023, os policiais invadiram a casa da irmã de Kailan, retiraram ela e os filhos do local e permaneceram sozinhos com a vítima. Desarmado e sem resistência, Kailan foi alvejado e morto dentro da residência.

Os PMs foram presos pela primeira vez em dezembro de 2024, durante a Operação Choque de Ordem, que apurou o envolvimento dos agentes no homicídio. Eles voltaram a ser detidos em março de 2025, quando a Justiça acatou novo pedido de prisão do MPBA, após decisão anterior de soltura.

Com o novo entendimento do Tribunal, o caso será levado a júri popular, etapa em que os policiais responderão publicamente pelas acusações de homicídio qualificado, com agravantes de motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima.

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