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PM abre processo que pode demitir soldado acusado de matar comerciante na Bahia

Data:
Jean Mendes

A vítima foi o comerciante Vilibaldo Oliveira Cardoso

PM abre processo que pode demitir soldado acusado de matar comerciante na Bahia
Arquivo/SSP

Já está correndo um Processo Administrativo que pode resultar na demissão do soldado da Polícia Militar Erik Expedito Ferreira Souza. Ele é suspeito de matar, em uma festa de vaquejada, o comerciante Vilibaldo Oliveira Cardoso, na zona rural do município de Canudos, Norte da Bahia.

A informação foi confirmada por fontes do Portal do Casé, nesta quarta-feira (29). O PM está preso desde o dia do crime, 5 de janeiro.

De acordo com a apuração da reportagem, a determinação de abertura do procedimento foi dada pelo comandante-geral, coronel Paulo Coutinho, apenas cinco dias depois do assassinato. Uma comissão, formada por oficiais, está apurando os fatos no âmbito da PM. Caso seja condenado, Erik pode ser demitido.

O processo tem até 60 dias para ficar pronto. Nesse período, ele não pode usar arma ou farda.

CASO

Erick não estava trabalhando no momento do crime. O Portal do Casé teve acesso ao seu depoimento. O soldado disse que percebeu uma confusão generalizada na festa, e que ele resolveu entrar na discussão porque percebeu colegas envolvidos. O suspeito ainda argumentou que foi agredido por Vilibaldo, e que ele ainda tentou tomar sua arma.

O filho do comerciante e testemunha do assassinato, por meio de um vídeo, desmentiu essa versão. Segundo ele, não havia confusão no momento do homicídio. "Teve uma confusão cerca de 15 minutos antes e meu pai não participava. A gente não sabe a motivação do crime. Não havia policiais no momento. Esse policial veio na direção do meu pai e efetuou o disparo. Por qual motivo esse policial não fez exames, se ele estava bêbado?", questionou.

JUSTIÇA COMUM

Erik foi preso em flagrante pelos próprios colegas. Ele passou por audiência de custódia e o Tribunal de Justiça da Bahia converteu a prisão em preventiva.

No último dia 16, o juiz Eduardo Bonfim recebeu a denúncia por estar "embasada em inquérito policial que apresenta elementos suficientes de materialidade do crime, evidenciada pelo Laudo de Exame de Necrópsia, bem como indícios de autoria baseados nos depoimentos das testemunhas presenciais arroladas". 
 

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