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PM suspeito de matar colega de farda na Bahia é demitido da corporação

Data:
Jean Mendes

A decisão foi assinada pelo comandante-geral da PM, coronel Paulo Coutinho, no último dia 7 de janeiro

PM suspeito de matar colega de farda na Bahia é demitido da corporação
Arquivo/Alberto Maraux/SSP

Um cabo da Polícia Militar, identificado como Joelson Bispo da Silva, foi demitido da corporação. Ele é suspeito de participar da morte de um homem, seu colega de farda, no município de Euclides da Cunha, no Nordeste da Bahia. A vítima, o também cabo Erisvaldo dos Santos Pereira, foi achado com marcas de tiros já no anel viário da cidade, no dia 21 de junho de 2019.

A decisão foi assinada pelo comandante-geral da PM, coronel Paulo Coutinho, no último dia 7 de janeiro. O cabo Joelson era lotado no 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM/Senhor do Bonfim). A Polícia Civil apontou que o PM e outro homem, José Carvalho da Silva, o "Arara", mataram o cabo por conta de uma discussão, envolvendo uma roça de maconha no município de Canudos que a vítima tinha descoberto.

Erisvaldo foi morto a tiros, em 2019

Na Justiça comum, os dois nunca foram condenados mesmo após anos de investigação da 23ª Coordenadoria de Polícia Civil do Interior (Coorpin/Euclides da Cunha). As apurações apontaram que Erisvaldo estava em uma festa do tipo "paredão", na noite do dia 20 de junho. Por volta das 3h do dia seguinte, ele não foi mais visto. O corpo foi achado por uma mulher que praticava corrida, já na saída de Euclides da Cunha.

Inicialmente, os investigadores chegaram a ser informados de que Erisvaldo estaria envolvido em uma discussão no "paredão". Porém, depoimentos de testemunhas foram fundamentais para descartar essa tese. Além disso, cruzamento de dados envolvendo torres telefônicas apontaram que, na noite da execução, o cabo Joelson Bispo e "Arara" se telefonaram diversas vezes, apontando inconsistências nos seus depoimentos.

O cabo nega o crime. Em depoimento, ele relatou que viu o colega na praça onde ocorria o "paredão" e que, em determinado momento da noite, um disparo de arma de fogo teria sido efetuado. Ele disse ainda que, no momento em que Erisvaldo desapareceu, estava com sua esposa. A advogada dele, no decorrer do Processo Administrativo Disciplinar (PAD), negou envolvimento do cliente no assassinato e apontou inconsistência no depoimento das testemunhas. 

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