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PMs são investigados por extorsão contra comerciante que apareceu morto no CIA

Data:
Jean Mendes

Soldados teriam feito ameaças, com a hipótese de ir até a casa do empresário caso ele não fosse achado no depósito de bebidas

PMs são investigados por extorsão contra comerciante que apareceu morto no CIA
Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Militar determinou abertura de inquérito contra três policiais que supostamente teriam extorquido um comerciante na região do Ceasa de Salvador, já na divisa com Simões Filho. A história ganha tons de ainda mais seriedade porque a vítima, Jefferson Nascimento Sobrinho, de 30 anos, foi executada horas depois de ter o encontro com os policiais. O caso também já está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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A família de Jefferson está com medo e, por isso, não aceita falar com a imprensa. O Portal do Casé, porém, conseguiu apurar que o comerciante estava saindo do estabelecimento para fazer sua reposição de estoque, por volta das 16h do dia 25 de junho, quando uma viatura da 49ª Companhia Independente (CIPM/São Cristóvão) chegou à região. Os PMs teriam proferido ameaças, com a hipótese de ir até a casa do empresário caso ele não fosse achado no depósito de bebidas.

Imagens de uma câmera de segurança mostram a situação. O vídeo aponta que Jefferson, após conversar com os PMs, entra no estabelecimento. Pouco tempo depois, ele sai com um saco, de cor preta, e entrega a um dos agentes. Dentro, estaria exatamente R$ 10 mil.

No mesmo dia, Jefferson fechou o estabelecimento e foi para casa, com sua esposa e filho. Ele, porém, resolveu ir ao mercado. Lá, segundo testemunhas ouvidas informalmente pela polícia, foi surpreendido por homens armados, que estavam em outro carro. Os criminosos atiraram contra o comerciante, que chegou a correr. Mesmo assim, ele foi alcançado e colocado no porta-malas de um veículo. Foi a última vez que o rapaz foi visto com vida.

O corpo de Jefferson Nascimento Sobrinho foi achado na região da Via Torres, no Complexo Industrial de Aratu, na tarde do dia 26 de junho. Oficialmente, a Polícia Civil não fala em ligação entre a extorsão e o homicídio. O caso está sendo apurado pelo DHPP da área Atlântico de Salvador.

Jefferson, antes de abrir o comércio na região do Ceasa, serviu por oito anos no Exército Brasileiro e chegou à patente de cabo. Ele deixa esposa e um filho.

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