Os três técnicos de internet assassinados em Salvador foram vítimas de membros de uma facção que acharam que os trabalhadores estavam instalando câmeras clandestinas no bairro de Marechal Rondon. Essa é a versão oficial da Polícia Civil, dada durante uma operação deflagrada neste domingo (21) para tentar achar os criminosos. Um dos envolvidos foi preso, enquanto outro acabou morto.
A ação, batizada de Signum Fractum, foi deflagrada em Marechal Rondon, São Marcos, Campinas de Pirajá e Massaranduba. Nessa última região, Jeferson Caíque Nunes dos Santos, o “Badalo”, recebeu as equipes policiais a tiros e houve confronto. Ele foi atingido e socorrido, mas não resistiu. O comparsa, que não teve o nome revelado, foi preso em São Marcos. Todos estavam com mandados de prisão em aberto.
Investigações em campo, aliadas a utilização de recursos tecnológicos, resultaram em mandados judiciais decretados pelo Poder Judiciário. Durante a Operação Signum Fractum também foram cumpridos mandados de busca e apreensão. As ações tiveram o apoio do Ministério Público.
As vítimas do triplo homicídio foram Ricardo Antônio da Silva Souza, 44 anos, Jackson Santos Macedo, 41, e Patrick Vinícius dos Santos Horta, 28. Os três tiveram os corpos localizados no bairro do Alto do Cabrito, na terça-feira (16). No dia seguinte, a Kombi usada por eles foi localizada no bairros Grajas Rurais.
Inicialmente, havia a informação de que Ricardo, Jackson e Patrick tinham sido mortos porque a empresa para qual eles trabalhavam, a Planet Internet, não havia transferido uma espécie de "pedágio" para a facção Bonde do Maluco. A empresa nega.
As ações deste domingo tiveram a participação de policiais do Departamento Especializado de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic) e a Coordenação de Operações e Recursos Especiais (Core). Mais de 50 policiais atuaram nas diligências.
Informações sobre os criminosos podem ser compartilhadas pela população no Disque Denúncia da Secretaria da Segurança Pública (SSP), via ligação para o 181.
