Sete policiais militares são investigados por forjarem troca de tiros para encobrir homicídios de pelo menos duas pessoas. O grupo foi alvo, nesta quinta-feira (17), de uma operação do Ministério Público e Secretaria de Segurança Pública (SSP), batizada de "Lamaçal". Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em quatro municípios.
As investigações correm em sigilo e, por isso, os nomes dos PMs não podem ser divulgados. As buscas desta quinta foram realizadas nas residências dos sete policiais e nos seus armários funcionais, localizados na 10ª (Candeias) e 91ª (Capim Grosso) Companhias Independentes da Polícia Militar (CIPM), onde os agentes trabalham atualmente. Foram apreendidos celulares, armas e munições.
O MP apura as mortes de Alan de Aquino Silva, ocorrida em janeiro de 2020 “no campo de futebol alegre”, e de Juracy Gonçalves Junior, que aconteceu em maio de 2020 no “Bar da Lama”, em São Sebastião do Passé.
Os promotores acharam indícios de execução sumária das vítimas pelos policiais militares investigados, que haviam registrado os fatos como morte por intervenção policial diante de resistência armada das vítimas. Há ainda indicativos dos crimes de fraude processual, pela alteração da cena dos fatos para simular o suposto confronto armado, e suspeitas de atividades típicas de grupo de extermínio na região.
Os mandados foram cumpridos em São Sebastião do Passé, Feira de Santana, Capim Grosso e Candeias, em ação integrada dos grupos de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp) e Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), do MPBA, da Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria Geral (Force) e da Corregedoria da Polícia Militar, pela SSP.
