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Veja quem são os PMs apontados como "braços armados" de quadrilha chefiada por deputado

Data:
Jean Mendes

O grupo criminoso, segundo informações preliminares, tem uma estrutura robusta, com atuação sofisticada

Veja quem são os PMs apontados como "braços armados" de quadrilha chefiada por deputado
Divulgação/SSP

Três policiais militares integrantes de uma organização criminosa especializada na lavagem de capitais provenientes de agiotagem, extorsão, recepção qualificada através do "Jogo do Bicho" foram presos durante a "Operação El Patron", deflagrada em Salvador, Feira de Santana, Brejões, Cabuçu e São Sebastião do Passé, na manhã desta quinta-feira (7).

A Secretaria da Segurança Pública não divulga nomes, mas o Portal do Casé apurou quem são dois dos três PMs presos: o subtenente Roque de Jesus Carvalho, e o soldado Jackson Macedo Araújo Júnior. O nome do terceiro ainda não foi revelado por fontes da reportagem. Jackson é lotado na 66ª Companhia Independente (CIPM/Feira de Santana).

Ação integrada contou com equipes da Secretaria da Segurança Pública (SSP), através da Força Correcional Especial Integrada (Force) da Corregedoria Geral da SSP (Coger), da Polícia Federal (PF), Receita Federal e Ministério Público da Bahia (MP-BA). 

O envolvimento de dois soldados e do subtenente com o grupo criminoso que, segundo informações preliminares, tem uma estrutura robusta, com atuação sofisticada, se deu através do levantamento de informações repassadas pela Receita Federal. 

O trio é apontado pela SSP como braço armado do grupo e responsáveis pelas cobranças, mediante violência e grave ameaça, de valores indevidos oriundos de jogatinas e empréstimos a juros excessivos. Durante o cumprimento das ações judiciais, uma mala com tabletes de cocaína, duas pistolas calibres 9 milímetros e .40, sete carregadores, 81 munições, notebook, documentos e balança foram achados.

Os militares serão transferidos para a custódia no Batalhão de Polícia de Choque (BPChoq) da PM, em Lauro de Freitas, onde serão ouvidos e concluído o processo do cumprimento dos mandados.

OPERAÇÃO

O chefe da organização criminosa, segundo as apurações, é o deputado estadual Binho Galinha (Patriota). Ele não foi preso nesta quinta-feira (7) por causa do foro privilegiado.

Além dele, mais 14 pessoas foram denunciados. Bloqueio de bens chega a R$ 200 milhões. Seis pessoas foram presas preventivamente e cumpridos 35 mandados de busca e apreensão, incluindo a casa e fazendas do deputado. Ele e mais 14 pessoas foram denunciadas pelo MP, entre elas policiais militares. Foram apreendidos documentos, pasta de cocaína, armas e munições.

Foram presos: João Guilherme, Jorge Piano, Jackson Júnior, Roque Carvalho, Mayana Silva - esposa do deputado - e Josenilson Conceição.

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