A Voepass Linhas Aéreas entrou com pedido de recuperação judicial, após ter suas operações suspensas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A suspensão, motivada por falhas de segurança identificadas em março, agravou ainda mais a situação da companhia, que acumula dívidas em torno de R$ 400 milhões — sem contar passivos em moeda estrangeira.
Esta é a segunda vez em poucos anos que a Voepass recorre à Justiça. Em fevereiro de 2025, a empresa já havia anunciado um plano de reestruturação financeira e conseguido barrar ações judiciais e a apreensão de aeronaves. Mesmo assim, não obteve autorização para voltar a operar e foi obrigada a realizar demissões, em número não divulgado.
A crise financeira da aérea se intensificou após um acidente em Vinhedo (SP), em agosto de 2024, que resultou na morte de 62 pessoas.
O rompimento da parceria comercial com a Latam também contribuiu para o colapso. Atualmente, a Voepass deve R$ 210 milhões a credores concursais, R$ 187 milhões a credores extra concursais, além de cerca de R$ 186 milhões em dívidas externas.
