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Aquecimento global intensificou ocorrência de furacões em 2024

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Da redação

De acordo com a pesquisa, as temperaturas oceânicas mais altas aceleraram a velocidade dos ventos de tempestades em até 45 km/h durante a temporada de 2024

Aquecimento global intensificou ocorrência de furacões em 2024
Reprodução/Unsplash

Um estudo divulgado nesta quarta-feira (20) pelo instituto americano Climate Central revelou que o aquecimento global está intensificando a força dos furacões no Oceano Atlântico. De acordo com a pesquisa, as temperaturas oceânicas mais altas aceleraram a velocidade dos ventos de tempestades em até 45 km/h durante a temporada de 2024.

Daniel Gilford, principal autor do estudo, explicou que as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono, têm elevado a temperatura da superfície do mar globalmente. No Golfo do México, por exemplo, essas temperaturas ficaram 1,4°C acima do que seria esperado sem as mudanças climáticas, criando condições ideais para o fortalecimento dos furacões.

Furacões Mais Potentes e Devastadores

Tempestades como Debby e Oscar, inicialmente classificadas como tropicais, transformaram-se rapidamente em furacões devido ao calor oceânico. Já Milton e Beryl subiram de categoria 4 para a máxima, 5, na escala Saffir-Simpson. O caso mais devastador foi o do furacão Helene, que saltou da categoria 3 para a 4, causando destruição massiva e deixando mais de 230 mortos nos Estados Unidos. Esse foi o furacão mais mortal no país desde o Katrina, em 2005.

Cada salto na categoria de um furacão representa um aumento de quatro vezes no poder destrutivo, segundo especialistas. “O impacto do aquecimento global nos furacões já é uma realidade. Precisamos agir para mitigar esses efeitos antes que a situação se torne irreversível”, destacou Gilford.

Perspectivas para o Futuro

Outro estudo da Climate Central, que analisou dados entre 2019 e 2023, apontou que 84% dos furacões no período apresentaram intensificação significativa devido ao aquecimento oceânico causado por atividades humanas. Embora o foco da pesquisa tenha sido o Oceano Atlântico, os cientistas acreditam que os métodos usados podem ser aplicados a ciclones em outras regiões do mundo.

O alerta é claro: com o aumento das temperaturas médias globais acima de 1,5°C em relação à era pré-industrial, a intensidade e a frequência de eventos climáticos extremos devem se agravar.

Essa tendência reforça a urgência de políticas globais para a redução das emissões de gases de efeito estufa e a adaptação às novas condições climáticas. Para os pesquisadores, o desafio não é apenas científico, mas também social e político.

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