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Assista: Daniela Mercury sai em defesa de Veko Araújo, o 'homem do sombreiro' do Cortejo Afro

Data:
Driele Veiga

O episódio ocorreu no último domingo (21), durante a manifestação contra a PEC da Blindagem e a da Anistia, realizada na Barra, em Salvador.

Assista: Daniela Mercury sai em defesa de Veko Araújo, o 'homem do sombreiro' do Cortejo Afro
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A polêmica em torno de Veko Araújo, o performer conhecido como “homem do sombreiro” do Cortejo Afro, ganhou novo capítulo após Daniela Mercury se pronunciar publicamente. Em vídeo publicado nas redes sociais na noite de quinta-feira (25), a cantora afirmou que acompanha de perto a repercussão e classificou Veko como “patrimônio da Bahia e do Cortejo Afro”.

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A artista explicou o significado do adereço usado pelo performer, contestando as críticas que circularam nas redes sociais: segundo ela, o sombreiro simboliza resistência, a força da cultura afro-brasileira e a beleza do povo preto. Daniela disse ainda que, durante ensaios e desfiles, Veko recebe os convidados no palco sob o acessório, considerado uma bênção ligada a Mãe Santinha de Oyá.

O episódio ocorreu no último domingo (21), durante a manifestação contra a PEC da Blindagem e a da Anistia, realizada na Barra, em Salvador. Veko estava no trio comandado por Daniela e pelo ator Wagner Moura, e imagens dele com o sombreiro repercutiram amplamente na internet. Uma publicação no X (antigo Twitter) ultrapassou 930 mil visualizações ao comparar a cena a referências do período escravocrata, o que gerou acusações de racismo estrutural. Em contrapartida, baianos e representantes do movimento cultural ressaltaram que o acessório faz parte da identidade do bloco afro e da própria trajetória artística de Veko.

Nascido na comunidade da Vila Brandão, em Salvador, Veko é poeta, ator e performer, com ligação de longa data com o Cortejo Afro. Sua história com o grupo começou em 1998, quando se aproximou do projeto criado pelo artista plástico Alberto Pitta, sob a orientação de Mãe Santinha de Oyá. O marco de sua carreira veio em um desfile de Carnaval, há cerca de 20 anos, quando uma performance espontânea com o sombreiro chamou a atenção e transformou o adereço em símbolo do bloco. Consagrado no candomblé a Oxalá, o objeto ganhou valor religioso e cultural, consolidando-se como parte da estética do Cortejo Afro.

Com mais de duas décadas de atuação, Veko se tornou referência na cena artística baiana, levando sua performance para palcos no Brasil e no exterior. A defesa pública de Daniela Mercury reforça o reconhecimento de seu papel como símbolo da resistência e da cultura afro-baiana.

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