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Bahia ganha trilhas turísticas para observação de cogumelos na Chapada Diamantina e sul do estado

Data:
Marcele Neves

Com patrocínio da Fundação Grupo Boticário, um grupo de especialistas em fungos lança um guia de quatro micotrilhas para observação de cogumelos nos dois locais

Bahia ganha trilhas turísticas para observação de cogumelos na Chapada Diamantina e sul do estado
Divulgação

Além das paisagens naturais que despertam a atenção de visitantes de todas as partes do mundo, o Parque Nacional da Chapada Diamantina e o Parque Estadual da Serra do Conduru (no Sul da Bahia) são destinos para quem deseja praticar turismo ecológico e conhecer mais sobre a biodiversidade local. Com patrocínio da Fundação Grupo Boticário, um grupo de especialistas em fungos lança um guia de quatro micotrilhas para observação de cogumelos nos dois locais. 

“Mico” é um prefixo usado para indicar algo relacionado a fungos e cogumelos. O projeto Micotrilha da Bahia propõe uma nova modalidade de turismo de natureza no estado. Nele, os micoturistas poderão participar de atividades como a busca, a identificação e a fotografia de cogumelos, além de aprender sobre o papel ecológico desses organismos. 

O micoturismo promove uma apreciação consciente e sustentável dos cogumelos, sem prejudicar as belezas naturais dos ecossistemas. Justamente com o objetivo de aliar o turismo ecológico e conservação da biodiversidade fúngica, o projeto  Micotrilhas da Bahia teve início em 2022, e a partir dele foi realizada a coleta, organização, catalogação e registro fotográfico de 183 macrofungos encontrados na Serra do Conduru e 83 macrofungos encontrados na Chapada Diamantina, totalizando 266 nos dois parques baianos. 

As trilhas que permitem a observação dos cogumelos estão em áreas já conhecidas por turistas e moradores das regiões: duas delas estão no Vale do Capão, município de Palmeiras, na área do Parque Nacional da Chapada Diamantina, e duas no Parque Estadual da Serra do Conduru (PESC), no distrito de Serra Grande, município de Uruçuca.

Os fungos desempenham um papel fundamental na regulação do clima e na mitigação das mudanças climáticas, seja através do sequestro de carbono, da reciclagem de nutrientes, da produção de biocombustíveis, da biorremediação ou da conservação de ecossistemas. “Incorporar estratégias que promovam a saúde e a diversidade dos fungos nos ecossistemas é essencial para enfrentar os desafios das mudanças climáticas”, afirma a também pesquisadora e coordenadora da iniciativa, Ana Paula Uetanabaro.

O Micotrilhas da Bahia é patrocinado pela Fundação Grupo Boticário é realizado pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), através do Laboratório de Microbiologia Aplicada da Agroindústria (LABMA), Universidade do Estado da Bahia (UNEB), através do Grupo de Pesquisa em Bioinformática e Biologia Computacional (G2BC), coordenado pelos pesquisadores Ana Paula Uetanabaro e Alexandre Lenz, e gerido pela empresa Tistu Ambiental.

Mais informações podem ser obtidas no perfil do Instagram @micotrilhas.bahia, no Inaturalist ou no Guia disponibilizado pelo projeto, que pode ser baixado em www.shorturl.at/aLNTU.



 

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