Representantes de blocos e a Assindicorda (Sindicato dos cordeiros) se reuniram com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para discutir as condições de trabalho da categoria, a menos de 30 dias do Carnaval.
De acordo com o presidente do sindicato, Mateus Santos, não houve grandes avanços nas determinações firmadas para este ano. A principal reivindicação da categoria, um local de convivência para que os cordeiros possam descansar, se alimentar e trocar o fardamento, não foi atendida.
Um documento, firmado nesta terça-feira (28), define que os contratadores devem discutir todo ano a remuneração com a entidade sindical e o pagamento precisa ser realizado no prazo máximo de 96 horas após o término do festejo. Além disso, os blocos devem pagar o equivalente a duas passagens de ônibus por dia de trabalho e fornecer gratuitamente EPIs (equipamento de proteção individual), como luvas de malha, protetor auricular, filtro solar, camisa de algodão.
A alimentação também foi discutida, e ficou definido o fornecimento de dois pacotes de biscoito, um suco e duas barrinhas de biscoito, além de quatro garrafas de água de 500 ml.
A diária dos cordeiros foi acordada em R$ 100 para o Carnaval deste ano, após negociações diretas com os empresários de blocos. O TAC também determina que os blocos devem celebrar contratos por escrito e individuais com cada cordeiro, para garantir a segurança e saúde dos trabalhadores.