A Holanda segue no topo do ranking mundial de melhores sistemas de pensões e aposentadorias, de acordo com o estudo anual da consultoria Mercer. O levantamento, que avalia a sustentabilidade de 48 sistemas previdenciários, destacou apenas quatro países com a cobiçada "nota A": além da Holanda, Islândia, Dinamarca e Israel foram classificados com a pontuação máxima.
E o Brasil?
O Brasil ocupa a 33ª posição no ranking, com nota C, em uma escala que vai de A a E. O país teve um desempenho particularmente fraco no critério de sustentabilidade, ficando na 44ª posição. Este item avalia se o sistema previdenciário será capaz de continuar pagando benefícios no futuro, considerando fatores como a demografia e a cobertura oferecida.
Por outro lado, o Brasil teve um desempenho relativamente melhor em termos de adequação, que mede o valor do benefício recebido pelos aposentados e como ele é calculado, ocupando a 20ª colocação. Já no quesito integridade, que avalia regulação e governança, o país está na 39ª posição.
Desafios globais
O relatório deste ano ressalta que, embora os países no topo do ranking apresentem bons resultados, há uma crescente preocupação global com o futuro das aposentadorias devido a mudanças demográficas.
"Estamos vivendo mais e tendo menos filhos", destacou David Knox, sócio sênior da Mercer e autor principal do estudo, em entrevista à Bloomberg.
Essas mudanças, aliadas ao aumento da expectativa de vida, à queda nas taxas de fertilidade e ao aumento dos custos com saúde, têm pressionado os orçamentos governamentais destinados a sustentar os sistemas de previdência. O estudo também observou que esses fatores contribuíram para a queda geral nas pontuações dos países analisados neste ano.