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Candomblecistas dizem ter sido expulsos de igreja em Salvador; padre se defende

Data:
Da redação

O caso aconteceu na sexta-feira (22), na Matriz da Paróquia Nossa Senhora dos Mares, em Salvador

Candomblecistas dizem ter sido expulsos de igreja em Salvador; padre se defende
Arquidiocese de São Salvador da Bahia

Um grupo, formado por um babalorixá e seus iaôs, foi expulso de uma igreja pelo padre Manoel da Paixão Gomes do Prado. O caso aconteceu na sexta-feira (22), na Matriz da Paróquia Nossa Senhora dos Mares, em Salvador.

O grupo foi à paróquia para pedir bençãos, uma tradição feita para os novos integrantes do candomblé. Porém, de acordo a denúncia publicada no Instagram, os homens foram expulsos antes de conseguirem concluir o objetivo.

Nas imagens, é possível ver que o líder do grupo prestou queixa e fez um Boletim de Ocorrência contra o padre Manoel.

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O padre se posicionou sobre o caso. Ele disse não ter ofendido os candomblecistas. “Eu pedi simplesmente que tivesse respeito. Em nenhum momento eu desrespeitei, não fiz nenhum juízo de valor depreciativo da religião dos nossos irmãos, mas dei procedimento à missa e também não pedi que nenhum paroquiano expulsasse eles”. 

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A Arquidiocese de São Salvador da Bahia se pronunciou sobre o caso por meio de nota e diz valorizar o diálogo religioso. Veja, abaixo, na íntegra:

A Arquidiocese de São Salvador da Bahia tem valorizado e promovido o diálogo inter-religioso, contando com uma Comissão Arquidiocesana para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso, participando de iniciativas que visam a superação da intolerância religiosa e a convivência fraterna, respeitosa e pacífica entre os membros das diversas confissões religiosas. Portanto, repudia quaisquer atos de intolerância religiosa, defendendo o profundo respeito aos lugares de culto, aos próprios cultos e aos seus participantes. A respeito dos fatos veiculados pela mídia ocorridos na Igreja Nossa Senhora dos Mares, em Salvador, dia 22 de março, envolvendo o pároco, Pe. Manoel da Paixão Gomes do Prado, e alguns adeptos do Candomblé, a Arquidiocese está acompanhando atentamente, em vista da justa apuração do ocorrido. O referido sacerdote, no exercício do seu ministério, conforme o proceder do clero, nesta Arquidiocese, não tem favorecido a discriminação e o desrespeito entre as religiões, nem adotado postura racista de qualquer natureza, pautando-se sempre pelo zelo pela celebração eucarística. Esperamos que as repercussões do fato em questão não venham a prejudicar o importante Diálogo Inter-Religioso em curso nesta Arquidiocese; ao contrário, sejam ocasião para o aprimoramento das orientações pastorais, no cumprimento da legislação canônica e civil".

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