O concerto Ponte Para a Comunidade – Orquestras Afrobaianas ocorrerá no dia 14 de novembro de 2024, às 19 horas, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), em SAlvador, marcando o lançamento oficial de oito orquestras formadas por cerca de 150 alunos do projeto sociocultural Ponte Para a Comunidade. Com a participação de grupos de percussão, sopros e canto, o evento encerra a primeira edição deste megaprojeto musical, promovido pela Casa da Ponte, que oferece aulas de música gratuitas a jovens e adultos em diversas comunidades de Salvador.
A entrada para o concerto será gratuita, com ingressos disponíveis na plataforma Sympla a partir do dia 7 de novembro.
O projeto Ponte Para a Comunidade, presidido pelo maestro Ubiratan Marques, está atendendo atualmente cerca de 1.500 alunos, que frequentam cursos de formação musical em comunidades como o Centro Histórico/Pelourinho, Candeal/Brotas, Curuzu/Liberdade, Pirajá, Itapuã e Bairro da Paz. As orquestras formadas nestes polos, que incluem alunos de diferentes faixas etárias, são compostas por grupos de percussão, sopros e canto, com o objetivo de valorizar a cultura musical local, especialmente os ritmos afro-brasileiros.
Durante o concerto, cada uma das oito orquestras afrobaianas será entregada a organizações culturais de Salvador, como Filhos de Gandhy, Ilê Aiyê, Olodum, Malê Debalê, Banda Didá, Pracatum, Cortejo Afro e Grupo Étnico Cultural. A apresentação contará com a participação da Orquestra Afrosinfônica da Casa da Ponte, considerada a primeira orquestra do gênero no Brasil, que será a base para a execução do repertório. A direção artística é de Ubiratan Marques, Filipe Cartaxo e Russo, Passapusso, vocalista da BaianaSystem, que será uma das atrações especiais do evento.
O projeto, patrocinado pelo Nubank e viabilizado por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem se destacado como uma importante ação de acesso à música na Bahia.
Para Judith Leite, coordenadora pedagógica da Casa da Ponte, o sucesso do projeto superou as expectativas, com 1.550 participantes selecionados entre centenas de inscritos.
“Não vimos esse número de pessoas reunido em universidades ou escolas técnicas de música. Não dissemos não para ninguém, acima de 16 anos, que quisesse aprender música. E o projeto é muito mais do que ensinar música. Ele busca transformar a vida de cada participante, ajudando-os a encontrar sua própria expressão musical”, afirmou Judith.
O Ponte Para a Comunidade oferece cursos variados, como percussão afro, sopros, violão, piano, contrabaixo acústico, guitarra e violoncelo, além de canto coral. Os alunos têm a oportunidade de aprender com professores especializados, que são referências no mercado musical, como Mou Brasil (guitarra), Érica Sá (percussão) e Luciano Chaves (sopros). Além de contribuir com o desenvolvimento de habilidades musicais, o projeto tem um caráter socioeducativo, com foco na valorização da cultura de matriz africana e indígena.
O concerto Ponte Para a Comunidade – Orquestras Afrobaianas, além de ser um evento cultural, reforça a importância de iniciativas que promovem a inclusão social e o acesso à educação musical, com foco nas raízes culturais brasileiras.