Em maio, 135 cardeais com direito a voto se reunirão na Capela Sistina, no Vaticano, para o conclave que escolherá o sucessor do papa Francisco. Embora qualquer homem católico possa ser eleito, desde 1379 a escolha recai exclusivamente sobre cardeais — entre eles, sete brasileiros.
Segundo informações da CNN, as chances de um brasileiro chegar ao papado são pequenas, mas ele destaca Dom Sérgio da Rocha como o nome mais promissor entre os brasileiros. Atual arcebispo de Salvador, Dom Sérgio foi proclamado cardeal em 2016 e mantém forte atuação no Vaticano.
Em 2023, tornou-se o primeiro brasileiro a integrar o Conselho de Cardeais (C9), grupo criado por Francisco para ajudá-lo na administração da Igreja e na reforma da Cúria Romana. Para Jorge Claudio Ribeiro, professor da PUC-SP, Dom Sérgio tem relevância internacional e forte presença nos bastidores da Santa Sé.
Outro nome citado é o de Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre, que participará pela primeira vez de um conclave. Ele foi o último brasileiro nomeado cardeal, em dezembro de 2024. O jornalista Christopher Lamb aponta suas habilidades de liderança, reconhecidas por sua eleição à presidência da CNBB e do Celam.
Apesar disso, os demais cardeais brasileiros eleitores — João Braz de Aviz, Odilo Scherer, Orani João Tempesta, Leonardo Steiner e Paulo Cezar Costa — não figuram entre os favoritos, diferentemente do conclave de 2013, quando Scherer era considerado um forte candidato.
Segundo o sociólogo Francisco Borba, da PUC-SP, o fato de Francisco ser sul-americano pode reduzir as chances de outro papa da região. “Seria uma surpresa do Espírito Santo dois papas sul-americanos em sequência”, afirma.