s vésperas de completar 90 anos, o Dalai Lama reafirmou que a instituição espiritual tibetana terá continuidade após sua morte, com base nas tradições religiosas que orientam a escolha de seu sucessor por meio da reencarnação. Em mensagem lida no mosteiro de McLeod Ganj, na Índia, o líder exilado declarou:
“Afirmo que a instituição do Dalai Lama continuará.”
A declaração é uma resposta direta à China, que exige que a reencarnação do próximo líder ocorra sob seu controle. O Dalai Lama reiterou que “somente o Gaden Phodrang Trust tem autoridade para reconhecer futuras reencarnações”, em referência à fundação tibetana que orienta o processo espiritual.
O líder também revelou que recebeu apelos da diáspora tibetana, da Mongólia, do Himalaia e até do próprio Tibete pedindo a continuidade da instituição. A sucessão só ocorrerá após sua morte, com base em visões espirituais e rituais milenares conduzidos por monges anciãos.
A China, que anexou o Tibete em 1951, tenta há anos controlar o processo de sucessão para enfraquecer o movimento tibetano. Para o Dalai Lama, o reconhecimento de um sucessor legítimo é essencial para preservar a cultura, a fé e a resistência tibetanas.