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Documentário “Ama mba’é Taba Ama” contará história de indígenas da Aldeia Tupinambá de Olivença

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Da redação

Filme explora as perspectivas e os desafios que enfrentam perante a sociedade

Documentário “Ama mba’é Taba Ama” contará história de indígenas da Aldeia Tupinambá de Olivença
Akawã Tupynambá / Produtora Espaço Imaginário

Inspirado na história da líder indígena Nádia Akawã Tupinambá, de 56 anos, filme-ritual “Ama mba’é Taba Ama” abordará a jornada de Nádia e mais cinco indígenas da Aldeia Tukum Tupinambá. A Aldeia fica localizada no distrito de Olivença, em Ilhéus, no litoral sul da Bahia.

Outros nomes que serão citados no filme são o da Dona Lourdes, Carcará, Cipó, Pytuna e Cacique Ramon Ytajibá Tupinambá — explorando as perspectivas e os desafios que enfrentam perante a sociedade.

O título, que significa “Levanta essa aldeia, Levanta” em tupi, também nomeia um canto ritual, representando as lutas dos povos originários contra a invasão das próprias terras.

Previsto para o primeiro semestre de 2026, o documentário trará temas essenciais para os Tupinambás de Olivença, como a demarcação do território indígena de 47 mil hectares, composto por 23 aldeias, e a realização da 24ª Peregrinação Tupinambá.

Na vida adulta, Nádia decidiu seguir o legado familiar, praticando os ensinamentos herdados de seus ancestrais. Com o despertar da vocação como Mulher Medicina, iniciou rituais com a planta comigo-ninguém-pode e, hoje, amplia seu trabalho utilizando folhas como artemísia, babosa e entrecasca do caju.

Aos 24 anos, com o nascimento da primeira filha, Naina Iraê, Nádia descobriu a paixão pela arte de ensinar.

“Inspirada pela minha filha, me tornei educadora. A educação exige alguém que cuide e trabalhe como se estivesse cuidando de um filho. Educação é cuidado, empatia e, acima de tudo, confiança. Por causa dela, decidi fazer o magistério,” conta.

Assim, iniciou a trajetória como professora, atuando com crianças e na Educação de Jovens e Adultos (EJA). Atualmente, contribui para a formação de professores que trabalham em escolas indígenas de várias aldeias da Bahia, como as Tupinambá e Pataxó Hã-Hã-Hãe. A dedicação à educação na comunidade a consolidou no papel de líder indígena.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui mais de 1,6 milhões de indígenas (2022). A relevância sobre a escolha da Aldeia Tukum Tupinambá para o cenário do filme-ritual é ressaltada pela cineasta Gal Solaris.

“Os Tupinambás tem importância histórica para o país por terem sido os primeiros povos a terem contato com os colonizadores de 1500. Serão apresentados rituais que ainda seguem sendo feitos nas Aldeias de Olivença e que reúnem indígenas locais e de outros povos. Para os dias atuais, é um filme com a oportunidade de mostrar as dificuldades dos indígenas diante do processo de urbanização das cidades e a redução dos territórios considerados “sagrados”” destaca a cineasta.

Este projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal.

 

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