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Estudantes da Bahia criam copos biodegradáveis feitos com papel reciclado

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Da redação

De acordo com a Abrelpe, o Brasil produziu cerca de 8,57 milhões de toneladas de papel e papelão entre 2020 e 2021, parte dos 82,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos gerados nesse período

Estudantes da Bahia criam copos biodegradáveis feitos com papel reciclado
Ascom/Secti

Em Riacho de Santana, no interior da Bahia, estudantes do Colégio Estadual de Tempo Integral Sinésio Costa encontraram uma alternativa inovadora para lidar com o descarte excessivo de papel nas escolas: copos biodegradáveis feitos a partir de resíduos recolhidos das lixeiras da própria instituição.

Sob orientação das professoras Dulcinéia Ferreira e Nilva Araújo, o grupo desenvolveu o projeto Ecovisionárias, que envolve desde a coleta e separação dos papéis descartados até etapas de higienização, trituração e moldagem, seguidas de revestimento com ceras naturais — como cera de abelha ou de origem vegetal —, o que torna os copos impermeáveis e seguros para o uso.

“O projeto vai além da reutilização dos resíduos: representa uma mudança de mentalidade no ambiente escolar”, explica a professora Nilva. A proposta também se alinha aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, mostrando como ações locais podem contribuir para desafios globais.

De acordo com a Abrelpe, o Brasil produziu cerca de 8,57 milhões de toneladas de papel e papelão entre 2020 e 2021, parte dos 82,5 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos gerados nesse período. Os copos ecológicos surgem, portanto, como uma solução prática e simbólica para esse cenário.

A estudante Fernanda Gabriela, uma das integrantes da equipe, destaca o baixo custo e a acessibilidade do processo: “A gente mostra que é possível desenvolver alternativas ecológicas com criatividade, desde que exista engajamento e orientação”.

Além de Fernanda, participam do Ecovisionárias as alunas Ana Luiza Menezes Oliveira, Bruna Dayssy de Souza Lima, Camila Souza Miranda, Kawany Beatriz Sena de Amorim, Mariana Araújo Macêdo e Sofia Lima Alves. O projeto conta com apoio da Secretaria da Educação da Bahia (SEC).

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