A partir deste domingo (12), o tradicional carimbo no passaporte começará a ser substituído por um sistema eletrônico de controle de entrada e saída em países europeus. A mudança será gradual e deve ser concluída até 9 de abril de 2026. Durante o período de transição, ainda será possível receber o selo manual.
Chamado de Sistema de Entrada/Saída (EES), o novo modelo será adotado por 29 países da Europa, entre eles Portugal, França e Espanha — o Reino Unido ficará de fora. A tecnologia busca tornar o processo de imigração mais rápido e seguro, utilizando dados biométricos como impressões digitais e reconhecimento facial, sem custo adicional para o viajante.
O sistema será obrigatório para cidadãos de países fora da União Europeia, que não tenham nacionalidade da Islândia, Liechtenstein, Noruega ou Suíça, e permaneçam até 90 dias a cada 180 dias. Brasileiros que viajam a turismo ou trabalho de curta duração estão incluídos nesse grupo.
Na chegada aos países participantes, os agentes de fronteira farão a coleta das impressões digitais ou foto do rosto. Em alguns locais, será possível fazer o pré-cadastro em totens ou aplicativos oficiais, mas ainda será necessário passar por um agente de imigração.
A iniciativa integra o plano de modernização dos controles de fronteira da União Europeia, que inclui também o Sistema Europeu de Informação e Autorização de Viagens (Etias). Previsto para o último trimestre de 2026, o Etias será obrigatório para visitantes de países isentos de visto, como o Brasil, e terá custo de 20 euros.
Países que adotarão o EES: Áustria, Bélgica, Bulgária, Croácia, República Tcheca, Dinamarca, Estônia, Finlândia, França, Alemanha, Grécia, Hungria, Islândia, Itália, Letônia, Liechtenstein, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Holanda, Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Suécia e Suíça.