A Eli Lilly alcançou um marco histórico ao atingir US$ 1 trilhão em valor de mercado, tornando-se a primeira farmacêutica a entrar no seleto grupo das companhias trilionárias. O avanço foi impulsionado pela alta de mais de 35% nas ações neste ano, reflexo direto da demanda crescente por medicamentos para emagrecimento, especialmente o Mounjaro.
Nos últimos dois anos, o mercado de tratamentos avançados contra a obesidade se consolidou como um dos segmentos mais lucrativos da saúde. O tirzepatide da Lilly, comercializado como Mounjaro para diabetes tipo 2 e Zepbound para obesidade, superou o Keytruda, da Merck, e se tornou o medicamento mais vendido do mundo.
A Novo Nordisk chegou primeiro ao setor com o Wegovy, mas enfrentou escassez de suprimentos no lançamento em 2021. Isso abriu espaço para a Lilly ganhar terreno. Além disso, estudos clínicos demonstraram eficácia superior dos medicamentos americanos, que também chegaram ao mercado com maior capacidade de produção e distribuição.
As ações da Eli Lilly atingiram o valor de US$ 1.051, em leve alta, e seguem entre as mais caras do setor farmacêutico, negociadas a cerca de 50 vezes o lucro previsto para os próximos 12 meses.
No último trimestre divulgado, a Lilly registrou US$ 10,09 bilhões em receita combinada das linhas voltadas à obesidade e diabetes, mais da metade do total de US$ 17,6 bilhões do período. Em outubro, a empresa elevou sua previsão anual em US$ 2 bilhões, acompanhando a expansão global da demanda.