O Coletivo Das Liliths, plataforma artística composta por artistas mulheres e LGBTQIAPN+, com sede em Salvador, vem atuando de maneira ininterrupta há 10 anos, fomentando e fortalecendo o debate acerca das dissidências de gênero e sexuais através das artes cênicas, e está com oficinas abertas e gratuitas para diferentes públicos
A primeira é intitulada “Território de brincar”, voltada para aqueles com idades entre 7 e 13 anos. Ela propõe uma pesquisa das crianças junto a moradores mais antigos do bairro sobre brincadeiras. Dessa pesquisa, serão estabelecidos procedimentos pedagógicos de teatro e performance. As aulas já estão acontecendo e seguem até o dia 30 de maio, com mostra pedagógica no dia 13 de junho.
A segunda oficina é intitulada de “Teatro das oprimidas”, que busca possibilidades estéticas através do teatro. Serão experimentados jogos e exercícios que estimulam a criação de estratégias estéticas. As aulas serão em todas as quartas-feiras de julho, sempre das 12h às 17h. A mostra pedagógica será dia 7 de agosto. Podem se inscrever jovens de 14 a 18 anos.
Encerrando o ciclo de oficinas, a atividade “Arqueologia teatral: o teatro e as narrativas históricas que foram silenciadas” é voltada para maiores de 18 anos. Ela propõe estudos e reflexões teórico-práticas acerca das narrativas de importantes LGBTs que não tiveram suas histórias contadas, identificando procedimentos artístico-pedagógicos para a criação de espetáculos e dramaturgias, difundindo as histórias por uma perspectiva decolonial e interseccional. As aulas serão em todas as sextas-feiras de agosto, sempre das 14h às 17h.
Sobre o Coletivo
O grupo produz espetáculos, leituras dramáticas, oficinas, palestras, seminários e atividades internas de preparação, treinamento e aprimoramento do trabalho de suas intérpretes, sempre voltando as atenções para as questões de gênero e sexualidade.
As inscrições podem ser feitas através do link disponibilizado no perfil do Instagram @dasliliths.ba. Todas as aulas acontecem na Fundação Pierre Verger, que fica no bairro do Engenho Velho de Brotas.
São três oficinas, cada uma voltada para diferentes públicos.
O projeto Rachaduras da Memória: Teatro, Território e Identidade foi contemplado pelo edital Territórios Criativos, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos, Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura, Governo Federal.
O repertório de trabalho, do coletivo é formado por 8 espetáculos - “Antro” (2020), “O Covil” (2019), “Tibiras” (2019), “Xica” (2017), “Circo dos Horrores” (2016), “Eva” (2015), “Adão” (2014) e “Lady Lilith” (2013) - e 4 intervenções cênicas, intituladas de “Diários de Eva” (2014). O grupo já participou de importantes eventos no Brasil, corroborando com pesquisas acadêmicas nacionais e internacionais no que diz respeito às discussões sobre as questões de gênero e sobre a visibilidade de histórias de vida de pessoas LGBTQIA+.