O governo dos Estados Unidos impôs novas restrições ao acesso de jornalistas à sala de imprensa da Casa Branca nesta sexta-feira (31). A partir de agora, só poderão entrar no setor onde fica o gabinete da secretária de Imprensa, Karoline Leavitt, aqueles que fizerem agendamento prévio.
Segundo comunicado oficial, a medida tem o objetivo de proteger “informações sensíveis”. O diretor de comunicações, Steven Cheung, informou em memorando que os jornalistas credenciados “não têm mais permissão” para circular livremente pelo espaço sem autorização antecipada.
O Conselho de Segurança Nacional justificou a decisão alegando que mudanças internas fizeram com que a equipe de comunicação da Casa Branca lidasse “rotineiramente com material sensível”. Por isso, o acesso à Sala 140 passou a depender de aprovação prévia de um membro autorizado.
Antes da medida, repórteres credenciados podiam entrar no local, próximo ao Salão Oval, sem aviso prévio para falar com Leavitt, Cheung e outros assessores de alto escalão. A restrição segue o exemplo do Departamento de Defesa, que em outubro revogou credenciais de dezenas de jornalistas.
O presidente Donald Trump tem endurecido o discurso contra a imprensa, chamando veículos críticos ao governo de ilegais e corruptos. Em março, o republicano afirmou que empresas de mídia que o criticam atuam como “braços políticos do Partido Democrata”.