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Governo federal determina suspensão da venda de bebidas pela internet

Data:
Antonio Dilson Neto

A medida foi tomada após a identificação de casos de falsificação e adulteração com metanol, que resultaram em intoxicações graves e mortes nas últimas semanas.

Governo federal determina suspensão da venda de bebidas pela internet
Reprodução/Unsplash

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, notificou nesta quarta-feira (8) as principais plataformas de comércio eletrônico para suspender temporariamente a venda de bebidas destiladas.

A medida foi tomada após a identificação de casos de falsificação e adulteração com metanol, que resultaram em intoxicações graves e mortes nas últimas semanas.

Entre as empresas notificadas estão Shopee, Enjoei, Mercado Livre, Amazon Brasil, Magazine Luiza, Casas Bahia, Americanas, Zé Delivery e Carrefour. Caso a determinação não seja cumprida, a Senacon poderá aplicar sanções administrativas.

As plataformas terão 24 horas para informar à Senacon quais medidas adotaram. Elas também deverão retirar anúncios de bebidas sem origem comprovada, apresentar comprovação de controle interno e reforçar mecanismos de verificação para impedir a venda de produtos irregulares.

A secretaria também exigiu que sejam excluídos anúncios de lacres, tampas, selos e garrafas não colecionáveis, comumente usados em esquemas de falsificação.

Em nota, a Senacon afirmou que as empresas de e-commerce têm responsabilidade direta pela segurança e procedência dos produtos vendidos.

“As plataformas precisam garantir que todas as bebidas sejam originais, fabricadas e distribuídas por fornecedores regulares, com rótulos e registros adequados”, destacou o órgão.

A venda de bebidas falsificadas ou adulteradas é considerada infração grave, sujeita a multas, punições administrativas e processos criminais.

Ação coordenada

A notificação faz parte de uma ação integrada da Senacon para conter a circulação de bebidas adulteradas com metanol no país. Além de cobrar as plataformas, o órgão:

  • enviou recomendações preventivas a estabelecimentos do setor;
  • notificou comércios que venderam produtos suspeitos, pedindo dados sobre origem e fornecedores;
  • e reuniu representantes do setor de bebidas e do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC) para reforçar a fiscalização e estimular denúncias.

Segundo a secretaria, o objetivo é rastrear toda a cadeia de comercialização e proteger a saúde dos consumidores.

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