O governo federal revisou os cálculos sobre os chamados “jabutis” incluídos pelo Congresso no projeto de lei que regulamenta a energia eólica offshore e estima que o impacto das medidas pode ultrapassar R$ 525 bilhões na conta de luz até 2040, segundo apuração da CNN.
As estimativas técnicas da Esplanada dos Ministérios apontam um custo anual de R$ 35,06 bilhões — acima dos R$ 32 bilhões inicialmente previstos. Os maiores encargos vêm da exigência de contratação de usinas térmicas a gás, que devem custar R$ 20,6 bilhões por ano, somando R$ 309 bilhões em 15 anos.
Em seguida, estão os custos das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), com impacto anual de R$ 12,4 bilhões e total de R$ 186 bilhões até 2040. A contratação de usinas de hidrogênio e eólicas representa um custo conjunto de R$ 1,46 bilhão ao ano, ou R$ 21,9 bilhões no período.
O prolongamento do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa) também entra na conta, com R$ 600 milhões por ano, totalizando R$ 9 bilhões em 15 anos.
Os valores estimados pelo governo superam as projeções da Frente Nacional dos Consumidores de Energia (FNCE), que calculava impacto de R$ 197 bilhões até 2050.