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Grandes artistas da música fazem carta para pedir proteção contra Inteligência Artificial

Data:
Driele Veiga

Documento assinado por Smokey Robinson, Billie Eilish, Stevie Wonder, Pearl Jam entre outros.

Gigantes da música estão preocupados com os rumos da inteligência artificial (IA). Artistas como Smokey Robinson e Stevie Wonder, a banda Pearl Jam, a cantora Billie Eilish, Mumuzinho, Simone Mendes, Felipe Araújo e Lauana Prado assinaram uma carta pública da Artist Rights Alliance (ARA), uma entidade sem fins lucrativos dos Estados Unidos, pedindo proteção contra os perigos do "uso predatório" da Inteligência Artificial.

O documento pede proteção da criatividade humana contra o que consideram “um ataque” representado pela inteligência artificial (IA). Os artistas estão preocupados da IA substitir a arte humana dos compositores e, com isso, os vaores dos cachês serem depreciados.

“Temos que nos proteger contra o uso predatório da IA para roubar vozes e retratos de artistas profissionais, violar os direitos dos criadores e destruir o ecossistema musical”, diz um trecho da carta, que foi elaborada após meses de advertências de que a expansão descontrolada da IA poderia minar a lei de direitos autorais e abrir as portas para fraudes e roubos de obras de artistas.

Outro trecho faz o seguinte apelo: "Pedimos a todas as plataformas de música digitais e aos serviços baseados em música que se comprometam a não desenvolver nem implementar tecnologia, conteúdo ou ferramentas de geração de música de IA que prejudiquem ou substituam a arte humana dos compositores e artistas ou nos neguem uma remuneração justa pelo nosso trabalho”.

“Se não for controlada, a IA lançará uma corrida ao fundo do poço que degradará o valor do nosso trabalho e nos impedirá de receber uma remuneração justa por ele”, afirmam.

“Os músicos que trabalham já estão lutando para sobreviver no mundo do streaming e agora têm o fardo adicional de tentar competir com um dilúvio de ruído gerado pela IA”, explica Jen Jacobsen, Diretora Executiva da ARA. E completa: “O uso antiético da IA generativa para substituir artistas humanos desvalorizará todo o ecossistema musical – tanto para artistas como para fãs”.

O estado do Tennessee, um dos principais polos da indústria musical, graças à cidade de Nashville, tornou-se no mês passado o primeiro nos Estados Unidos a aprovar uma lei nesse sentido. Seu objetivo declarado é proteger os profissionais da música de ameaças de IA.

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