O número de evangélicos cresceu mais de 40% entre 2012 e 2022 na Bahia, mas o catolicismo segue sendo a religião mais seguida. É o que mostra censo divulgado nesta sexta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com os dados, os católicos, hoje, representam quase 57% da população, enquanto os evangélicos chegam a 23,35%. Espiritismo (1%); umbanda e candomblé (1%); outras religiões (4,51%); e sem religião (12,91%) completam a lista.

A série histórica mostra que a Bahia, hoje o estado do Nordeste com menos seguidores, vem perdendo católicos. Em 1940, 98,9% da população se dizia seguir a Igreja Católica. Entre 2010 e 2022, a perda foi bem acentuada, com queda de 9,4%.
Os dados nacionais também seguem a tendência: o catolicismo apostólico romano, que em 2010 concentrava 65,1% (105,4 milhões) da população de 10 anos ou mais, passou a representar 56,7% (100,2 milhões) em 2022, uma redução de 8,4%.
“Em 150 anos de recenseamento de religião, muita coisa mudou no país e na sociedade como um todo”, comenta a analista responsável pelo tema, Maria Goreth Santos, referindo-se ao primeiro Censo.
“Em 1872, o recenseador deveria assinalar cada pessoa como ‘cathólico’ ou ‘acathólico’, conforme grafia da época; não havia outra opção de religiosidade”, explica Goreth. “Além disso, a população escravizada era toda contada como católica, seguindo a declaração do senhor da casa”.