Todo mundo conhece alguém que teve um problema com as bagagens no aeroporto e precisou acionar o seguro viagem. Na esteira disso, não é por acaso que as indenizações pagas pelas seguradoras na Bahia, em 2023, cresceram 40,7% em relação a 2022, nesse tipo de problema. Os dados foram divulgados pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), em parceria com o Sindicato das Seguradoras nos estados da Bahia, Sergipe e do Tocantins (SindSeg BA/TO/SE).
Durante 2023, 154 mil passageiros utilizaram voos internacionais nos aeroportos do estado, alta de 67% sobre o ano anterior, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Esse movimento crescente seguiu em 2024 - até junho, onde as indenizações cresceram 39,2% e o volume de passageiros em voos internacionais aumentou 22%.
Para o presidente do Sindseg Bahia, Paulo Cézar Souza Martins, primeiro é importante observar o movimento de turistas chegando e saindo do estado, o que demonstra a movimentação econômica na região. “Com isso, as oportunidades no segmento de seguro viagem também são impulsionadas. Como pode ser observado, houve um aumento significativo na contratação desse tipo de seguro, pois os turistas buscam tranquilidade e segurança para lidar com eventuais imprevistos durante a viagem, especialmente em viagens internacionais”, explica.
Vale ressaltar que a indenização de seguro é o valor pago pela seguradora ao beneficiário, em caso de sinistro coberto pelo contrato, para reparar os danos sofridos.
Veja os destaques do estado em termo de indenizações
Para os seguros de automóveis, em 2023, houve recuo de 45,6% na comparação com o ano anterior. No mesmo período, o estado da Bahia reduziu em 2,66% o número de roubos e furtos de veículos em relação ao ano anterior (19.175 em 2023, ante 19.700 em 2022).
Os seguros contra Riscos Financeiros pagaram R$ 82,4 milhões em indenizações em 2023, alta de 41,8% sobre o volume pago em 2022 (R$ 58,1 milhões).
Em Cobertura de Pessoas, o seguro Prestamista pagou R$ 50,1 milhões em indenizações em 2023, volume 9,8% maior do que os pagamentos realizados em 2022 (R$ 45,6 milhões).
A taxa média de inadimplência das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional para pessoa física na Bahia também aumentou no mesmo período. Em 2022, a taxa média era de 4,4% e, em 2023, a taxa passou para 5,1%. Em 2024, a taxa média recuou um pouco, ficando em 4,6% até junho.