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Megiro: Boteco do grupo Origem é inaugurado em Salvador

Data:
Marcele Neves

Em sua mais nova casa, chefs Fabricio Lemos e Lisiane Arouca realizam o sonho de servir receitas de família e pratos tradicionais da Bahia do século XX

Megiro: Boteco do grupo Origem é inaugurado em Salvador
Leonardo Freire

A nova casa dos chefs Fabrício Lemos e Lisiane Arouca, que está oficialmente aberta ao público, traz na essência as raízes e o afeto que os inspiram nas receitas e nos negócios.  Instalado no Horto Florestal, o Megiro - cujo nome é “Origem” ao contrário - foi idealizado para servir as versões da dupla para pratos tradicionalmente servidos em bares da Bahia de meio século atrás. Do sarapatel ao pavê, as opções são fartas para compartilhar sabores e memórias.

“Antes de ter o meu próprio negócio, sempre pensei em abrir um boteco, e, não, um restaurante de alta gastronomia. Quando criamos o Origem, eu tinha vontade de abri-lo aos domingos somente para fazer comida típica de boteco, com minha mãe na cozinha. Mas é agora, oito anos depois, que estou realizando esse sonho”, conta Fabrício Lemos.

Segundo o chef, o conceito do Megiro veio da comida que era feita e servida na cidade do Salvador na segunda metade do século XX: farta e compartilhada, com pratos bem tradicionais da culinária baiana, como sarapatel e moquecas menos usuais, como as de arraia e camarão. Na mesma linha, Lisiane desenhou um cardápio de sobremesas inspirado nos doces que comia na infância, durantes as férias que passava com a família em Ilhéus, como pavê, pudim e queijadinha.

Desbravando o cardápio do Megiro

No cardápio, opções para beliscar acompanhadas por chopp, cachaças e drinques. No menu de entradas está o Risole de Camarão;, a dobradinha de grão de bico, servida com farinha de mandioca em uma panelinha;  feijoada brasileira e pratos tipicamente baianos, como o malassado – filé ao ponto para menos, servido com molho à base de pomodoro e temperos –, o bolinho de baião de dois e o Abarajé, a mistura do abará com o acarajé que já é um clássico dos restaurantes do casal.

O Megiro traz também referências dos bares da Cidade Baixa, onde Fabrício cresceu. “Moela, língua e fígado são produtos típicos dos botecos que dificilmente encontramos em menus de alta gastronomia. Com essa oportunidade de fazer comida de bar, quero pegar esses ingredientes e elevá-los em sabor, quebrando os pré-conceitos que muitas vezes existem por causa do mau preparo”, explica o chef.

Já as sobremesas remetem aos doces que Lisiane Arouca –“e todos os baianos” – comiam na década de 80. A chef-pâtissiére conta que, aos 10 anos de idade, gostava de preparar os doces que queria comer. “O pavê tem deixado todo mundo emocionado”, diz, sorrindo. “É como um sorvete durinho, exatamente como o que a gente comia quando era criança”. O rabo de tatu é outra sobremesa bem comum do interior baiano que está no menu, mas com um toque da chef: são quatro canudinhos crocantes recheados de cocada de manjericão com tartar de morango e de cocada de doce leite com tartar de abacaxi. Outro clássico dos clássicos brasileiro, o pudim aparece em forma de sorvete, acompanhado de farofa de paçoca e leite ninho.

Além do Megiro Boteco, Fabrício Lemos e Lisiane Arouca comandam os restaurantes Origem, Ori e Segreto Ristorantino e o minibar Gem, além de assinarem todo o conceito gastronômico do Fera Palace Hotel, onde ficam os restaurantes Omí e Fera Rooftop.

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