A Polícia Penal do Distrito Federal iniciou nesta quarta-feira (27) o monitoramento integral do entorno da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no condomínio onde ele mora, no Jardim Botânico, em Brasília.
Agentes em viaturas descaracterizadas se revezam na vigilância, em cumprimento a determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A decisão atendeu a pedido do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, do deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) e contou com apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A ordem de Moraes estabelece acompanhamento em tempo real, sem exposição indevida, sem invasão de privacidade ou exposição à imprensa. O uso de uniforme e armamento fica a critério dos policiais.
Em ofício enviado ao STF, a PF solicitou “reforço urgente e imediato” no policiamento e manutenção da checagem da tornozeleira eletrônica de Bolsonaro. O documento aponta “risco concreto” de fuga, citando a possibilidade de o ex-presidente buscar refúgio na Embaixada dos Estados Unidos e pedir asilo político.
O ministro também mencionou um rascunho de solicitação de asilo na Argentina, obtido pela PF. No texto, Bolsonaro pedia refúgio ao presidente Javier Milei em caráter de urgência.