O Ministério Público da Bahia (MP-BA) abriu uma investigação para apurar a demolição de um terreiro de candomblé localizado no Parque Metropolitano de Pituaçu, em Salvador. A ação, realizada na segunda-feira (9) pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), gerou forte reação da comunidade religiosa, que denuncia a ausência de notificação prévia.
Diante da repercussão, o MP-BA determinou, na quarta-feira (11), que o Inema, a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e a Secretaria da Administração do Estado da Bahia (Saeb) prestem esclarecimentos sobre o episódio no prazo de 48 horas.
Lideranças religiosas e movimentos sociais classificaram a demolição como um ataque à liberdade de culto e um desrespeito à preservação de espaços tradicionais de matriz africana. A ialorixá Naiara de Oya, responsável pelo terreiro, afirmou ter encaminhado ao Inema documentos manifestando interesse na aquisição da área, o que, segundo ela, agrava ainda mais a falta de diálogo e a decisão unilateral do órgão ambiental.