O que era para ser uma corrida de Uber Moto comum, saindo do bairro de Pirajá, em Salvador, se tornou uma acusação de gordofobia sofrida pela bombeira civil Manuela Pereira. De acordo com ela, assim que o piloto chegou ao local indicado, se recusou a transportá-la por conta de seu peso. O caso aconteceu no fim da manhã desta quinta-feira (26).
Manuela, que também é empresária, relatou que a corrida foi solicitada por uma vizinha, que ficou no local esperando rapaz. "Eu fui para a casa da minha vizinha, para chamar o Uber Moto. A gente ficou na porta, esperando. Estávamos eu e ela. Quando ele [piloto] chegou, ela confirmou que era ele. Ele me falou que não me levaria, pois o amortecedor estava quebrado", disse, durante entrevista ao Portal do Casé.
Ao perceber a gordofobia, Manuela começou a gravar a situação. "Ele só me disse: 'infelizmente, não vou. Cancele essa corrida'. Logo em seguida, fez a volta e saiu", relembrou a bombeira.
"Isso foi horrível. Na minha família, todo mundo é 'gordinho'. Tenho 110 kg e ele falar aquilo foi complicado demais. As pessoas, às vezes, não tem jeito de falar. Tenho amigos motociclistas de Uber. Muitas pessoas têm achado que eu sou errada. Tenho um áudio dele relatando que eu era peso pesado da 'lá ela'", finalizou, chorando, a bombeira civil.
O áudio relatado por ela teria sido gravado pelo piloto e compartilhado em um grupo, no WhatsApp, pelo motouber. "Maior onda em Pirajá [inaudível] Quando chega lá, a mulher um peso pesado da 'desgr*ça'. Cancelei a corrida e ela começou a filmar, me falando várias coisas". Não há confirmação, pelo menos até agora, se a gravação é realmente do condutor.
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A reportagem do Portal do Casé entrou em contato com a assessoria de imprensa da Uber, mas não tinha obtido resposta até a publicação desta reportagem.
